A estrutura social vigente baseia-se no poder dos poderosos e ricos. A ambição dos bens alheios lança mão de argumentos apaixonados, sob pretexto de defesa própria, para que o indefeso ou o inocente que possua alguma coisa, venha a perde-la de acordo com as leis. Esta é a pior das violências, porque aquilo que é tomado pela força, pode ser recuperado, mas o que se toma sob amparo da lei não pode. Glorie-se quem quiser desta injustiça, mas fique sabendo que é o mais miserável dos homens aquele que se enriquece à custa da miséria alheia (São Zenão, Tratado sobre a injustiça). È preciso instaurar uma ordem que tenha no centro das atenções e das decisões, os pobres e os fracos.Essa ordem será sinal do Reino de Deus que Jesus tornou presente por seu amor preferencial aos marginalizados e desprezados. Enquanto isso não acontecer, haverá fome, morte prematura, desemprego, sub emprego...com todas as terríveis conseqüências sociais.
Para chegar a distribuição ajustada é preciso não só desenvolver o espírito de partilha, mas também empenhar-se na criação de estruturas sociais que viabilizem e concretizem tal espírito. Sem considerar os outros como seres humanos, é sem sentido falar de direitos humanos ou simplesmente de direitos. Quando alguém considera o semelhante como simples objeto, não tem condições de fazer partilha que respeite a pessoa no contexto em que vive.
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