VOTAR BEM - ORIENTAÇÃO DA CNBB AOS CATÓLICOS SOBRE O VOTO NAS ELEIÇÕES DE 2010

Votar bem

Os Bispos do Regional Sul 1, da CNBB (Estado de São Paulo), no cumprimento de sua missão pastoral, oferecem as seguintes orientações aos seus fiéis para a participação consciente e responsável no processo político-eleitoral deste ano:


1. O poder político emana do povo. Votar é um exercício importante de cidadania; por isso, não deixe de participar das eleições e de exercer bem este poder. Lembre-se de que seu voto contribui para definir a vida política do País e do nosso Estado.


2. O exercício do poder é um serviço ao povo. Verifique se os candidatos estão comprometidos com as grandes questões que requerem ações decididas dos governantes e legisladores: a superação da pobreza, a promoção de uma economia voltada para a criação de postos de trabalho e melhor distribuição da renda, educação de qualidade para todos, saúde, moradia, saneamento básico, respeito à vida e defesa do meio ambiente.

3. Governar é promover o bem comum. Veja se os candidatos e seus partidos estão comprometidos com a justiça e a solidariedade social, a segurança pública, a superação da violência, a justiça no campo, a dignidade da pessoa, os direitos humanos, a cultura da paz e o respeito pleno pela vida humana desde a concepção até à morte natural. São valores fundamentais irrenunciáveis para o convívio social. Isso também supõe o reconhecimento à legítima posse de bens e à dimensão social da propriedade.

4. O bom governante governa para todos. Observe se os candidatos representam apenas o interesse de um grupo específico ou se pretendem promover políticas que beneficiem a sociedade como um todo, levando em conta, especialmente, as camadas sociais mais frágeis e necessitadas da atenção do Poder público.

5. O homem público deve ter idoneidade moral. Dê seu voto apenas a candidatos com “ficha limpa”, dignos de confiança, capazes de governar com prudência e equidade e de fazer leis boas e justas para o convívio social.

6. Voto não é mercadoria. Fique atento à prática da corrupção eleitoral, ao abuso do poder econômico, à compra de votos e ao uso indevido da máquina administrativa na campanha eleitoral. Fatos como esses devem ser denunciados imediatamente, com testemunhas, às autoridades competentes. Questione também se os candidatos estão dispostos a administrar ou legislar de forma transparente, aceitando mecanismos de controle por parte da sociedade. Candidatos com um histórico de corrupção ou má gestão dos recursos públicos não devem receber nosso apoio nas eleições.

7. Voto consciente não é troca de favores, mas uma escolha livre. Procure conhecer os candidatos, sua história pessoal, suas ideias e as propostas defendidas por eles e os partidos aos quais estão filiados. Vote em candidatos que representem e defendam, depois de eleitos, as convicções que você também defende.

8. A religião pertence à identidade de um povo. Vote em candidatos que respeitem a liberdade de consciência, as convicções religiosas dos cidadãos, seus símbolos religiosos e a livre manifestação de sua fé.

9. A Família é um patrimônio da humanidade e um bem insubstituível para a pessoa. Ajude a promover, com seu voto, a proteção da família contra todas as ameaças à sua missão e identidade natural. A sociedade que descuida da família, destrói as próprias bases.

10. Votar é importante, mas ainda não é tudo. Acompanhe, depois das eleições, as ações e decisões políticas e administrativas dos governantes e parlamentares, para cobrar deles a coerência para com as promessas de campanha e apoiar as decisões acertadas.

Aparecida, 29 de junho de 2010

Dom Nelson Westrupp, scj
Presidente do CONSER

Dom Benedito Beni dos Santos
Vice-Presidente

Dom Airton José dos Santos
Secretário-Geral

Comentários

  1. Olá Kalunga. Boa tarde.
    É incrivel o que acontece no Brasil.
    O deboche que fazem com a legislação eleitoral.
    A começar por cima. Pelo então Presidente da Republica. Ao invés de respeitar a legislação eleitoral é o primeiro a abrir Brechas, para que outros façam campanhas antecipadas. E ainda debocha, dizendo que com tanta multa sairia pobre da Presidencia, mas mesmo assim continuou a fazer campanha antecipada. Se fosse a oposição que estivesse no poder, vocês achariam o cumulo, diriam que era abuso da máquina. No caso do Lula seria tambem? Você que gosta de abrir representação, se tu fosse opositor ao Lula abriria uma representação por má uso da máquina publica? E ja que ele debocha da justiça eleitoral, nada mais plausivel que outros fizessem o mesmo. Correto?
    Espero que publique o comentario na integra

    ResponderExcluir
  2. Olá! Primeiro quero agradecer seu comentário! Depois, te pedir para que por favor se identifique! Sua contribuição é importante e concordo com o que voce diz... só que o anonimato impede que eu continue publicando suas contribuições. Bem, mas respodendo suas inquietações, SE eu fosse oposição ao Lula, provavelmente me comportaria como me comporto na oposição ao Carlão... fazendo a critica pontual, procurando o diálogo para não prejudicar a sociedade - não sou do time do quanto pior, melhor! - e buscando as ferramentas da democracia para questionar o que considerasse abusos... é assim que se vive em democracia... mas dai, a achar que o Lula não pode falar de sua própria condição por que isso é deboche, é demais... ele pode, deve e continuará falando... a oposição, cabe espernear vendo ele bater na casa dos 80% de aprovação popular!
    Um abraço! E BomDilma pra voce!

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Mensagens ofensivas não serão publicadas. As da pequena oposição não serão sequer lidas! A confirmação da mensagem serve para identificar através do ID pessoas que se utilizam do anonimato para enviar mensagens ofensivas!

Postagens mais visitadas deste blog

O ROUBO DOS JUROS DO BANCO CENTRAL EXPLICADO DA FORMA MAIS SIMPLES POSSÍVEL

SEPARAR O JOIO DO TRIGO::“Radical é quem sonha com justiça para todos e luta para realizá-la; sectário é quem teme o novo e protege privilégios através do ódio e das mentiras.”

DIGA-ME TEU NOME QUE DIREI QUEM TU ÉS, PAPA LEÃO XIV