TUCANOS EM FRANGALHOS!
A divisão do PSDB na capital paulista,
na maior cidade do país, depois de uma derrota histórica para o PT - que
elegeu prefeito Fernando Haddad -, só comprova a falta de liderança e a
vocação autodestrutiva do tucanato. Pego em flagrante impondo uma
derrota humilhante aos serristas, o governador Geraldo Alckmin (PSDB)
faz de conta que não é com ele.
Assim, deixa a conta para os
arqui-inimigos de José Serra, confortavelmente instalados nas
secretarias do governo do próprio Alckmin - os secretários de Estado de
Energia, José Aníbal, de Meio Ambiente, Bruno Covas, e de Planejamento,
Júlio Semeghini.
Eles elegeram um assessor de uma das
secretarias como presidente do diretório municipal da capital, o
ex-deputado Milton Flávio (da Energia), derrotando o candidato do
serrismo, vereador Andrea Matarazzo. Racha partidário exposto, em meio
ao ranger de dentes dos serristas, o governador Alckmin joga para a
plateia, ou melhor, para estes seus próprios "aliados": agora diz que
desaprovou o resultado da eleição para a presidência do diretório do
PSDB da capital paulista. "Não gostei da decisão. A minha posição sempre
foi clara: deve haver entendimento, uma executiva em que todos
participem. Era a oportunidade do Andrea ser presidente do partido." É
sua resposta à acusação que lhe fazem os tucanos ligados ao
ex-governador José Serra de que o governador se omitiu na disputa
interna, o que teria facilitado a ação dos seus três secretários, que
articularam contra o vereador. Questionado sobre a ação de seus
assessores diretos, Alckmin foi enfático. "O que eu recomendei: o Andrea
presidente, mas todos façam um bom entendimento. Agora, eu não sou
coronel para ficar obrigando as pessoas a votar. Acho que não foi uma
boa decisão." Após o episódio, Matarazzo insinuou que pode debandar do
PSDB. O destino seria o Mobilização Democrática, da fusão PPS-PMN, para o
qual José Serra foi convidado e estuda migrar. E o PSDB está se
convertendo, assim, num partido de vendettas: Alckmin, por baixo do
pano, não apoia Serra em nada porque este não o apoiou quando ele
disputou a prefeitura de São Paulo em 2008; José Serra nunca apoia
ninguém a não ser ele mesmo; e Alckmin e Serra nem escondem que não
apoiam a candidatura presidencial do senador Aécio Neves (PSDB-MG)
porque o senador os derrotou em Minas quando eles foram candidatos a
presidente em 2002, 2006 e 2010.
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