A PERSEVERANÇA DA FÉ CRISTÃ
A militância politica, pra mim, tem muito à ver com o compromisso com o Evangelho! Nasci em Cotia e foi a partir da experiência vivida com cristãos católicos, metodistas, presbiterianos, mais tarde com batistas e com militantes de esquerda que compreendi o meu chamado a ser um cristão.
Aprendi vendo a pratica de outros cristãos e militantes que, o que caracteriza a coerência cristã, é a prática da caridade. E isso deve ser sempre gratuito!
Os dons que recebemos, devem ser entregues ao destinatários destes dons, ou seja, a quem precisa!
Tenho visto tantos e tantos irmãos meus se perderem em seus dogmas e tradições e trocando a simplicidade do serviço em nome do Evangelho em complexas bulas construídas por burocratas religiosos, que fazem da fé um fardo pesado demais pra ser carregado pelos mais humildades.
Gente que não consegue entender que para os pobres, basta a benção para seguir suas vidas! Basta um gesto de compreensão pra entender suas limitações. A sociedade já os julga, seus iguais já os julgam, os governos os julgam e oprimem... então, o único lugar onde esperam acolhida e aceitação seria na Igreja! Mas ai, também lá, também os julgam! E aqui pior... não raro, julgam e condenam!!
Isso tem transformado aqueles que conseguem atingir determinado patamar do que acreditam ser fé, ao invés de imitadores de Cristo, em imitadores de algozes! Abrem mão de se tornarem construtores da fé e passam a ostentar suas capacidades de membros de determinadas funções dentro da Igreja como metas atingidas!
E utilizam isso como se aqueles que não conseguem fossem merecedores de castigos, pois não conseguem atingir seu estágio de "perfeição".
Os burocratas da fé demonstram com grande capacidade o quanto os que NÃO se tornam iguais a ele/a são inferiores e se vangloriam por cantar como um Pavarotti, de ter o dom da cura (será se tem mesmo? como se o dom fosse propriedade pessoal), ou da palavra, ou do que quer que seja.
E aqueles que não são assim, não precisam se irritar, pois simplesmente não são a estes que estas palavras estão sendo direcionadas, pois apenas se pretende chamar a atenção para um fenômeno!
Temos visto surgir uma geração de jovens imbecilizados em nome de uma fé indiferente. Uma fé inacessível para as "pessoas comuns"! Põem Jesus Cristo como um Deus distante, só acessível por sacerdotes com vestimentas suntuosas, douradas e brilhantes, sendo Jesus o protagonista de suas reverências! E ao invés de reverenciar a Deus, não raro, reverencia-se o condutor de Jesus!
Tenho visto uma igreja que não cativa os pobres, ao invés disso, se aproxima dos poderosos e com estes ri e comemora! Aos pobres, sobram as migalhas e destes não se aproximam! Pois se querem ver e sentir a Jesus, que se adequem às regras impostas pela burocracia!
O Evangelho será lembrado... até refletido! Mas a reflexão necessariamente, não passará por este ensinamento da caridade, da tolerância e da acolhida dos mais vulneráveis! Destilam ódio contra homossexuais, não raro, criticam ferozmente organizações de sem terra e sem teto e só faltam apoiar a morte de encarcerados! (e não o fazem por vergonha, mas de fato é que seus corações desejam).
Tenho visto palestras, reuniões e cultos onde os pregadores, sejam eles sacerdotes ou leigos, partem do mesmo pressuposto de um mal a ser combatido. Todas as assembleias se "adivinha", - podem até arrumar outro nome mais pomposo, mas o fim é o mesmo -, que dentro dela tem alguém que tem alguém que é viciado, ou que tem um grande ódio que não consegue perdoar, ou que tem uma fraqueza que não consegue se libertar (insinua-se que é sexual, mas quase nunca se diz essa palavra pecaminosa), ou que tem alguém ali, que tem uma dor na coluna ou na cabeça e que esta sendo liberto naquele momento, que alguém em casa esta passando por uma grande crise!
Enfim... o roteiro é o mesmo, sempre coisas genéricas ( a última que ouvi duas ou tres vezes era de alguém sendo curado de câncer no sangue... falar leucemia é mais dificil...) Enfim! Utiliza-se da fragilidade e do senso comum pra manipular a fé e afastar as pessoas que não conseguem serem curadas destas enfermidades.
O fato é que falta acolhida. As pessoas estão cada dia mais distantes, cada dia mais isoladas em seus whatsaps e facebooks da vida! Precisamos recuperar o contato, os encontros de um dia, ou de dois, onde a partilha da Palavra era algo comum. Menos palestras voluntariosas e mais diálogo por favor! A oração mais bela é aquela que diz... PAI NOSSO... OUVI o Clamor do seu povo... mas como nos colocar à disposição para se fazer ouvir se só falamos ?? Como fazer para ouvir de Deus, o que Ele nos pede para que façamos pelos nossos irmãos, Seus filhos e filhas!
Fico a pensar sobre o nosso papel! Como não repetir os erros que se critica ? Talvez o melhor de todos os caminhos e reconhecer os valores que o outro tenha! E nesse campo, é necessário reconhecer! A perspectiva de amar a Jesus incondicionalmente esta muito presente na vida dos pobres.
Faltam mais pastorais sociais e menos assembléias de cultos intermináveis que só agregam e convertem aqueles que ali já estão! Precisamos retomar uma Igreja que vá aos pobres, aos enfermos, aos presidiários, aos Sem Teto e Sem Terra.
Compreender o chamado que Papa Francisco tem insistentemente feito para sermos uma Igreja que acolhe, que ama e que se põe a serviço dos pobres é o grande desafio!
Precisamos enfrentar nossos preconceitos e parar de olhar o pecado dos pobres para podermos enxergar os pobres! Sim! São pecadores... sim, são casados duas, tres vezes! Sim, são bêbados, quando não usuários de drogas! Sim, são desempregados!! Sim, são presidiários!! São sem terra!! Sim... são meus irmãos!!
A juventude da periferia não conhece Jesus Cristo acolhedor! Ouviram falar apenas num Jesus que para segui-Lo precisa abrir mão de toda sua realidade, que queiramos nós ou não, lhe da alegria, lhe trás desafios e um sentimento de liberdade!
Se queremos disputar esses jovens com essa realidade, precisamos oferecer condições para que essa substituição seja alegre, desafiadora e os torne também livres!
Se queremos salva-los, desde que eles sigam nossas regras, como se eles tivessem nossa experiência, então os perderemos! Pois onde eles estão, sua realidade não comporta essa condição! Precisamos querer buscar esses jovens, onde eles estão e do jeito que eles são! Com suas calças jeans surradas, com suas contradições, com suas famílias quase sempre fora do padrão que chamamos de santas...
O projeto salvífico de Jesus nunca é uma obrigação! É sempre um convite! E o convidado precisa ver naquele que o convidou uma pratica de acolhimento grande o suficiente para que possa olhar pelo exemplo a condição de também encontrar a mesma alegria e desejo de servir!

Aprendi a ser Igreja a partir desses pré-supostos! Aprendi a ser militante politico por compreender que o Evangelho nos chama a sermos fermento na massa! E o fermento, pra transformar a massa precisa necessariamente, estar misturado a ela!
Aprendi vendo a pratica de outros cristãos e militantes que, o que caracteriza a coerência cristã, é a prática da caridade. E isso deve ser sempre gratuito!
Os dons que recebemos, devem ser entregues ao destinatários destes dons, ou seja, a quem precisa!
Tenho visto tantos e tantos irmãos meus se perderem em seus dogmas e tradições e trocando a simplicidade do serviço em nome do Evangelho em complexas bulas construídas por burocratas religiosos, que fazem da fé um fardo pesado demais pra ser carregado pelos mais humildades.
Gente que não consegue entender que para os pobres, basta a benção para seguir suas vidas! Basta um gesto de compreensão pra entender suas limitações. A sociedade já os julga, seus iguais já os julgam, os governos os julgam e oprimem... então, o único lugar onde esperam acolhida e aceitação seria na Igreja! Mas ai, também lá, também os julgam! E aqui pior... não raro, julgam e condenam!!
Isso tem transformado aqueles que conseguem atingir determinado patamar do que acreditam ser fé, ao invés de imitadores de Cristo, em imitadores de algozes! Abrem mão de se tornarem construtores da fé e passam a ostentar suas capacidades de membros de determinadas funções dentro da Igreja como metas atingidas!

Os burocratas da fé demonstram com grande capacidade o quanto os que NÃO se tornam iguais a ele/a são inferiores e se vangloriam por cantar como um Pavarotti, de ter o dom da cura (será se tem mesmo? como se o dom fosse propriedade pessoal), ou da palavra, ou do que quer que seja.
E aqueles que não são assim, não precisam se irritar, pois simplesmente não são a estes que estas palavras estão sendo direcionadas, pois apenas se pretende chamar a atenção para um fenômeno!
Temos visto surgir uma geração de jovens imbecilizados em nome de uma fé indiferente. Uma fé inacessível para as "pessoas comuns"! Põem Jesus Cristo como um Deus distante, só acessível por sacerdotes com vestimentas suntuosas, douradas e brilhantes, sendo Jesus o protagonista de suas reverências! E ao invés de reverenciar a Deus, não raro, reverencia-se o condutor de Jesus!
Tenho visto uma igreja que não cativa os pobres, ao invés disso, se aproxima dos poderosos e com estes ri e comemora! Aos pobres, sobram as migalhas e destes não se aproximam! Pois se querem ver e sentir a Jesus, que se adequem às regras impostas pela burocracia!

Tenho visto palestras, reuniões e cultos onde os pregadores, sejam eles sacerdotes ou leigos, partem do mesmo pressuposto de um mal a ser combatido. Todas as assembleias se "adivinha", - podem até arrumar outro nome mais pomposo, mas o fim é o mesmo -, que dentro dela tem alguém que tem alguém que é viciado, ou que tem um grande ódio que não consegue perdoar, ou que tem uma fraqueza que não consegue se libertar (insinua-se que é sexual, mas quase nunca se diz essa palavra pecaminosa), ou que tem alguém ali, que tem uma dor na coluna ou na cabeça e que esta sendo liberto naquele momento, que alguém em casa esta passando por uma grande crise!
Enfim... o roteiro é o mesmo, sempre coisas genéricas ( a última que ouvi duas ou tres vezes era de alguém sendo curado de câncer no sangue... falar leucemia é mais dificil...) Enfim! Utiliza-se da fragilidade e do senso comum pra manipular a fé e afastar as pessoas que não conseguem serem curadas destas enfermidades.
O fato é que falta acolhida. As pessoas estão cada dia mais distantes, cada dia mais isoladas em seus whatsaps e facebooks da vida! Precisamos recuperar o contato, os encontros de um dia, ou de dois, onde a partilha da Palavra era algo comum. Menos palestras voluntariosas e mais diálogo por favor! A oração mais bela é aquela que diz... PAI NOSSO... OUVI o Clamor do seu povo... mas como nos colocar à disposição para se fazer ouvir se só falamos ?? Como fazer para ouvir de Deus, o que Ele nos pede para que façamos pelos nossos irmãos, Seus filhos e filhas!
Fico a pensar sobre o nosso papel! Como não repetir os erros que se critica ? Talvez o melhor de todos os caminhos e reconhecer os valores que o outro tenha! E nesse campo, é necessário reconhecer! A perspectiva de amar a Jesus incondicionalmente esta muito presente na vida dos pobres.
Faltam mais pastorais sociais e menos assembléias de cultos intermináveis que só agregam e convertem aqueles que ali já estão! Precisamos retomar uma Igreja que vá aos pobres, aos enfermos, aos presidiários, aos Sem Teto e Sem Terra.
Compreender o chamado que Papa Francisco tem insistentemente feito para sermos uma Igreja que acolhe, que ama e que se põe a serviço dos pobres é o grande desafio!

A juventude da periferia não conhece Jesus Cristo acolhedor! Ouviram falar apenas num Jesus que para segui-Lo precisa abrir mão de toda sua realidade, que queiramos nós ou não, lhe da alegria, lhe trás desafios e um sentimento de liberdade!
Se queremos disputar esses jovens com essa realidade, precisamos oferecer condições para que essa substituição seja alegre, desafiadora e os torne também livres!

O projeto salvífico de Jesus nunca é uma obrigação! É sempre um convite! E o convidado precisa ver naquele que o convidou uma pratica de acolhimento grande o suficiente para que possa olhar pelo exemplo a condição de também encontrar a mesma alegria e desejo de servir!

Aprendi a ser Igreja a partir desses pré-supostos! Aprendi a ser militante politico por compreender que o Evangelho nos chama a sermos fermento na massa! E o fermento, pra transformar a massa precisa necessariamente, estar misturado a ela!
Comentários
Postar um comentário
Mensagens ofensivas não serão publicadas. As da pequena oposição não serão sequer lidas! A confirmação da mensagem serve para identificar através do ID pessoas que se utilizam do anonimato para enviar mensagens ofensivas!