USINEIROS, HERÓIS ? PARA OS TRABALHADORES RURAIS E BÓIAS FRIAS, SÃO VILÕES!

Abaixo segue carta do meu amigo e companheiro vereador Nascimento de Araraquara. Sua carta me comove e me convoca a juntar-me a ele e aos trabalhadores rurais e bóias frias, contra as queimadas da cana de açucar, contra a falta de condições dignas de trabalho e por um sistema justo de fabricação do alcool.
A
Prezados, reenviamos abaixo a informação de nossa companheira de lutas, irmã Inês da Pastoral dos Migrantes de Guariba. O documentário promete esclarecer situações e denunciar outras, desmistificando uma luta que é de todos, que engloba defesa dos direitos humanos, luta contra a degradação humana e a demonstração pública que de “Herói” nada tem o setor sucroalcooleiro.
Lembramos que em 2007 estive em reunião com o então deputado Italo Cardoso (ha época
presidente da Comissão de Direitos Humanos da AL) e Tim Kerril, inglês representante da Anistia Internacional no Brasil. Entreguei a ele um dossiê com a dura realidade de trabalho, exploração e morte de trabalhadores no setor da cana, levando como base pesquisas e dados da própria pastoral e dos estudos produzidos por longos anos pelos professores Chiquinho e Moraes.
A Anistia Internacional prometeu estudar o assunto e dar a atenção que o caso merecia e de fato no ano seguinte, no relatório anual, toda esta realidade que demonstramos com números e fatos das pesquisas destes professores companheiros e da pastoral foram estampados no relatório, abrindo uma nova fase na correlação de forças entre o setor e a sociedade questionadora. Tanto que de lá para cá, várias ações patrocinadas pelo governo federal, que mais uma vez atua em defesa do setor, tentam recuperar a imagem internacional do setor canavieiro muito mais que a vida e o futuro destes trabalhadores e do ambiente como um todo (assoreado, degradado e mutilado por queimadas, supressão de Apps, etc etc etc). Governo e sindicalistas coniventes por décadas com esta triste situação, aparecem agora como propositores de ações em defesa e preocupações dos trabalhadores. Situações estas inexistentes. Somente com a retomada das nossas ações organizadas avançaremos mais de fato.
Escrevo tais linhas para retomar a memória de muitos de nós, pois num espaço de tempo não distante, estávamos nos reunindo em São Carlos, Araraquara, na Ufscar sobre as ações que foram encaminhadas e que deram muito resultado e que nos impõe na reorganização de nossas conversas e encaminhamentos como forma de avançarmos mais, pois é necessário e possível.
Tenho uma representação formal na Secretaria Especial de Direitos humanos em Brasília que visa dar as condições objetivas de elevar o trabalho do corte da cana ao trabalho escravo, isso daria mais força as mudanças realmente necessárias e urgentes.
PELO FIM DAS QUEIMADAS – PELA DIGNIDADE DOS TRABALHADORES – PELA JUSTIÇA SOCIAL
Abraços
Nascimento
ASSISTAM HOJE AS 23h NA TV CULTURA O DOCUMENTÁRIO
ZUGZWANG - ABORDANDO QUESTÕES SÓCIO-AMBIENTAIS E
ECONÔMICAS DO SETOR SUCRO-ALCOOLEIRO.
Saudações fraternas, irmã Inês Facioli