QUER VER JESUS ?

Uma coisa tem me marcado muito nestes últimos tempos na questão da fé, São as missas no Cotolengo!
Toda missa tem seu valor próprio, todos os cultos a Deus tem sua mística e sua perspectiva de fé! Assim é, imagino eu, todas as formas de se relacionar com Deus... nos cultos das diversas igrejas e religiões, dando aos nomes particulares, sejam quais forem!
Mas, no Cotolengo, tem algo especial que vai além da sempre extraordinária transubistanciação do pão em Carne e do vinho em Sangue de Jesus, onde se comunga e se alimenta espiritualmente da Palavra e do Corpo de Cristo!
No Cotolengo, tudo isso acontece, mas tem mais... tem uma vivencia pratica da ação de amar ao próximo, da premissa do fundador, Dom (São) Luiz Orione. "Não importa de onde vens, nem como se chama, mas sim, qual dor sentes!" E eles estão por ali... é tão bonito, que chega a ser engraçado! A esperança e a fé, o sorriso estampado e a inocência infantil de muitos deles... a participação no meio do povo, seu andar trôpego... mas o que fascina é ouvir a voz deles... alguns não falam, não sabem falar, então acompanham as orações e os cânticos, murmurando, cantando do jeito deles... e sua voz se mistura a voz do povo e de um jeito meio desconexo, eles se juntam e cantam e rezam e oram! No começo se fica procurando quem é o ousado ou ousada que esta atrapalhando a música, o cântico ou a oração... depois, quando se descobre, então envergonhado, se percebe que aquela voz é a mais bela e afinada voz que tem naquela missa, pois é a própria voz do Cristo presente neles, que não se importam com a forma, estão ali, entregues a adorar e reverenciar este nosso Deus! Depois, fica se esperando ouvir de novo e o alma da gente se enche de alegria pois sente a presença de Deus logo ali... por ali, pertinho ouvindo aquela voz tão bela!
Vê-los se ajoelhar com toda aquela dificuldade, com suas pernas faltando movimentos, mas num ato de suprema vontade, se prostram diante de Deus... é de emocionar! A fé da gente fica pequenininha, mas cheia de afeto... não tem processo de dó... tem de admiração e de vontade de tornar a nossa fé parecida com a deles e delas, que mesmo diante da paralisia, de um membro do corpo torto, da falta de compreensão plena de mundo, sabem que ali está Deus... isso desmonta a gente... então se compreende a presença tão significativa deste Deus tão caridoso e amável...
Conheço o Cotolengo desde criança, mas de maneira interessante, esta é uma entidade pouco conhecida em nossa cidade! As vezes tenho a impressão de que tem mais gente em Carapicuíba e São Paulo que conhece o Cotolengo do que em Cotia! E isso não acontece por falta de vontade dos padres e freiras que cuidam do Pequeno Cotolengo, é por uma certa displicência nossa mesmo... eu sou um exemplo clássico desta omissão... embora conheça a tantos anos, somente agora, é que resolvi me envolver um pouco mais com eles!
Tem coisas muito legais ali... os meninos e meninas estão naturalmente sempre prontos para nos dar lições de vida, basta se aproximar, que muito brevemente se pode perceber...
Se voce quiser participar de uma missa e ver Jesus caminhar no meio de nós, basta encostar... Ele esta lá, as vezes parecendo com o andar todo duro do CBPO-2, aquele robozinho do filme Jornada nas Estrelas , as vezes numa cadeira de rodas, as vezes andando por meio de um andador todo desengonçado... mas Jesus esta mesmo é nas pessoas que se envolvem e vivenciam as tristezas e alegrias daquele lugar Santo... que como toda santidade, tem seu lado humano, pois se assim não fosse, não poderia ser santo! E é por isso que vale e muito a participação, se quiser entender e ver o que vejo, participe de uma missa... nos domingos, as 10:30 e as 19:00hs!

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O ROUBO DOS JUROS DO BANCO CENTRAL EXPLICADO DA FORMA MAIS SIMPLES POSSÍVEL

VOTO DOS DEPUTADOS FEDERAIS POR ESTADO NO PL DA DEVASTAÇÃO (Sim, Não e Ausentes)

SEPARAR O JOIO DO TRIGO::“Radical é quem sonha com justiça para todos e luta para realizá-la; sectário é quem teme o novo e protege privilégios através do ódio e das mentiras.”