TARCÍSIO DE FREITAS, OS PEDÁGIOS FREE FLOW URBANOS E A PARCERIA HISTÓRICA COM A CCR
A PRIMEIRA MARRETADA, TARCÍSIO JAMAIS ESQUECE!
A Prefeitura de Guarulhos, na Grande São Paulo, resolveu fazer o que toda administração pública deveria fazer: defender os interesses do seu povo!
Na política, todo gesto é simbólico — e carrega em si a intenção de confrontar uma posição com outra. É nessa perspectiva que vale analisar a iniciativa da Prefeitura de Guarulhos, que promete dar pano pra manga. 🪡
1️⃣ Primeiro ponto
A proliferação de pedágios proposta por Tarcísio de Freitas será, sem sombra de dúvida, um dos temas centrais da disputa eleitoral no Estado de São Paulo no ano que vem.
2️⃣ Segundo ponto
A Prefeitura de Guarulhos é governada por Lucas Sanches, do PL, partido que apoia o próprio Tarcísio no governo do Estado — e pelo qual sonha em ser candidato à Presidência da República.
Pessoalmente, duvido. Tarcísio não é homem de grandes ideias sobre o Brasil. É alguém movido por conveniência e autopreservação. Por isso, jamais abrirá mão de sua tentativa de reeleição ao governo paulista diante da impossível eleição presidencial contra Lula.
Ou alguém, com um mínimo de racionalidade, pensa o contrário?
3️⃣ Terceiro ponto
Se o prefeito é aliado político de Tarcísio, por que, então, entrou com uma ação judicial contra os pedágios “free flow”?
A resposta é simples — e, como quase tudo na extrema-direita, mal calculada.
No caso de Guarulhos, a rodovia em questão é federal, e o prefeito, sendo do PL, faz oposição a Lula, não a Tarcísio. Ou seja, em sua lógica distorcida, a ação judicial não é contra um modelo injusto de pedágio, mas contra o governo federal, do PT.
Minha sugestão ao PT de Guarulhos: Apoiem e peçam para ser “amigos curae” desta ação judicial!
Nossa militância não se guia por conveniências, mas pela coerência entre o que pregamos e o que defendemos.
O contrato e o lucro abusivo
O contrato que prevê o sistema free flow na Rodovia Dutra foi assinado em 2021, pelo então ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas — o mesmo que hoje posa de gestor eficiente, mas entregou o futuro da mobilidade urbana à CCR por mais 30 anos de lucro garantido.
De todo modo, quero — de verdade — elogiar a iniciativa jurídica da Prefeitura de Guarulhos, ainda que desconfie do cálculo eleitoral por trás dela.
O fato é que o pedágio “free flow” impõe um modelo de cobrança abusiva. Com as tarifas atuais, o investimento da concessionária se paga em menos de três anos — e, com o novo sistema, pode se pagar em apenas um!
Ou seja: 29 anos de lucro líquido sobre as costas do povo, especialmente dos trabalhadores e trabalhadoras da Grande São Paulo, que representam mais de 80% dos usuários desse trecho.
21 pedágios em 25 quilômetros
São 21 pedágios em apenas 25 quilômetros de estrada entre Arujá e São Paulo— 12 no sentido Rio e 9 no sentido capital — com o agravante de que o preço será maior nos horários de pico e feriados, quando o povo precisa trabalhar e voltar pra casa.
É o modelo da planta carnívora: exala um perfume de modernidade para atrair os incautos — e, quando se aproximam, os devora sem piedade. No caso, pela logica do contrato assinado no governo Bolsonaro, nós somos os insetos, e Tarcísio e a CCR, a planta faminta.
A proposta absurda
Até o fim deste ano, o governo pretende colocar em operação 21 pórticos de pedágio “free flow” — um sistema automático, sem cabines, sem transparência e sem consulta popular — num trecho de apenas 25 km entre São Paulo e Arujá.
Ou seja, um pedágio a cada pouco mais de um quilômetro. Um verdadeiro “pedágio contínuo”, em que o motorista paga sem perceber.
E como se não bastasse, o valor da tarifa vai variar conforme o horário. Traduzindo: quem sai cedo pra trabalhar e volta tarde pra casa pagará mais caro.
A justificativa oficial? “Organizar o trânsito”.
A consequência real? Punir os trabalhadores pobres, enquanto as grandes transportadoras e concessionárias lucram com o que é público.
O “free flow” é o pedágio invisível, injusto e regressivo. Antes de instalar 21 pórticos em 25 quilômetros, o governo deveria ouvir o povo, discutir tarifas, garantir transparência e avaliar o impacto social dessa cobrança.
O Ministério dos Transportes precisa se libertar dos bolsonaristas infiltrados e rever essa herança vergonhosa de Tarcísio. Estrada é direito de ir e vir — não mercadoria nas mãos de concessionárias privadas!
Precisamos resistir
Esta é uma proposta de Tarcísio para o povo Paulista, em 2022, aceita sem questionamentos pelo governo Lula em 2025! Até quando?? É fundamental questionar o papel do governo federal nesta proposta da Extrema Direita do governo Bolsonaro.
4️⃣ Quarto ponto
Os prefeitos das outras 38 cidades da Grande São Paulo, assim como nossos vereadores, têm o dever moral, político e social de mover ações contra esse modelo de extorsão institucionalizada.
Esses pedágios não foram feitos para cobrar de quem atravessa o Estado, mas para cobrar pedágios urbanos, atingindo diretamente a região mais populosa da América Latina.
Tarcísio sabe bem desses números:
— RMSP: 21,6 milhões
— Vale do Paraíba Paulista: 2 milhões
— Médio Paraíba Fluminense: 670 mil
— RMRJ: 12,8 milhões
— Eixo Rio–Santos: 2,7 milhões
Total estimado: quase 40 milhões de pessoas!
E se o motorista atrasar o pagamento? Recebe multa de R$ 196,00 e cinco pontos na carteira. Um negócio redondo para as concessionárias — e uma armadilha para o povo.
As marretadas de Tarcísio
Desde então, Tarcísio nunca mais largou a marreta: segue golpeando o povo paulista com a mesma brutalidade, sob aplausos da B3 (Bolsa de Valores de São Paulo), onde mora o verdadeiro “ringue” do seu governo.
Que essa proposta da Prefeitura de Guarulhos inspire resistência!
Que vereadores, prefeitos, movimentos populares e pastorais sociais se unam para enfrentar a CCR e Tarcísio.
Eles intimidam com processos — como o que movem contra mim, em razão do protesto contra a instalação dos pedágios no Km 37 da Raposo Tavares, em Cotia — mas não me farão recuar um milímetro! Pelo contrário, me animam a conhecê-los melhor e investigá-los com ainda mais rigor.
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✊ Vocês, como todo modelo fascista, não passarão!
Eu, passarinho.
— Toninho Kalunga 🕊️
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