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Mostrando postagens de outubro, 2025

ENTRE O EVANGELHO E A IDEOLOGIA

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O desafio de dialogar com o conservadorismo cristão, quando a fé é reduzida a bandeira eleitoral da política. Nos últimos anos, tornou-se evidente uma grave distorção no debate religioso brasileiro: muitos setores conservadores da Igreja católica, passaram a defender posições políticas, morais e sociais a partir de uma leitura ideológica e imediatista, esquecendo-se de que a fé cristã é, antes de tudo, mistério, encontro e compromisso com a vida. Pior ainda, se alinharam ao que tem de mais perverso, deturpador e antagônico à fé cristã do meio dos piores setores do neo pentecostalismo evangélico. Antes diziam que falavam em nome de Deus, agora, agem em nome de mitos e ideologias extremistas, buscando um passado de triste memória, onde pensar diferente, significava ter um terrível encontro a tortura e a morte, e numa terrível prática de busca pelo poder eleitoral onde se aliam com o que tem de pior no mundo da política. O que se observa em setores deste conservadorismo católico é um fenô...

A CONTÍNUA TENTATIVA DE GOLPE DE FUX CONTRA A DEMOCRACIA CONTINUA

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LUIZ FUX QUER MUDAR DE TURMA PARA FICAR PERTO DA TURMA DO FUNDÃO Por Toninho Kalunga Luiz Fux, Ministro do Supremo Tribunal Federal, parece não se conformar com o papel que a história já lhe reservou: o de alguém que, tendo recebido confiança de um governo democrático e popular, dedicou sua trajetória mais à autopreservação e ao privilégio do que à defesa da Constituição e do povo brasileiro. Escolhido por um governo do PT, Fux nunca representou os valores da Justiça social nem os anseios da classe trabalhadora. Representou, isso sim, o velho establishment do poder — aquele mesmo que se adapta conforme o vento sopra, mas que jamais abre mão dos privilégios de casta. Enquanto ocupava uma das cadeiras mais importantes da República, Fux cuidou antes de sua própria biografia e, sobretudo, de sua descendência. Ajudou a projetar a filha para o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, garantindo assim a perpetuação do “DNA supremo” nos corredores do poder judiciário fluminense — numa perversa l...

MOÇÃO DE APOIO DAS CEBS, AO PADRE JÚLIO LANCELLOTTI.

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MOÇÃO DE APOIO DAS CEB'S AO PADRE JÚLIO LANCELLOTTI NÓS, PARTICIPANTES DO 26º ENCONTRO INTERDIOCESANO DAS CEBs – DA REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO E BAIXADA SANTISTA VIMOS POR MEIO DESTE DOCUMENT DECLARAR https://www.change.org/ParemDeAtacarPadreJulio *_“O Espírito do Senhor está sobre mim, porque Ele me ungiu para anunciar a Boa Nova aos pobres...”_* (Lc 4,18)  *CONSIDERANDO QUE:*  * O Padre Júlio Lancellotti, pároco da Paróquia São Miguel Arcanjo e coordenador da Pastoral do Povo de Rua da Arquidiocese de São Paulo, tem sido sinal vivo do Evangelho de Jesus Cristo, na defesa incondicional da dignidade humana e dos direitos dos mais pobres e excluídos; * Que sua atuação pastoral, inspirada no Evangelho e na Doutrina Social da Igreja, se realiza nas ruas, sob os viadutos e nas periferias, junto aos descartados e feridos pela lógica do mercado e do abandono social, encarnando as palavras do Papa Francisco: “Prefiro uma Igreja acidentada, ferida e enlameada por ter saído pela...

SÃO PIER GIORGIO FRASSATI: A FÉ COMO RESISTÊNCIA: O SANTO QUE ENFRENTOU O FASCISMO

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VOCÊ CONHECE SÃO PIER GIORGIO FRASSATI ? Por: Toninho Kalunga* São Pier Giorgio Frassati: o Santo Antifascista e a proposta do Evangelho como Revolução da Caridade Um jovem que viveu o Evangelho com os pés no chão da história Poucos santos expressam com tanta clareza a inseparabilidade entre fé e compromisso social quanto São Pier Giorgio Frassati. Nascido em Turim, em 1901, no seio de uma família rica e influente, ele poderia ter seguido os caminhos da elite italiana de seu tempo. No entanto, escolheu o caminho oposto: o da solidariedade com os pobres, a luta pela justiça e a resistência ao fascismo. Pier Giorgio compreendia que o Evangelho não é um refúgio espiritual individualista, mas uma convocação à ação histórica. Seu lema era simples e profundo: _“Vivere, non vivacchiare”_ — “Viver, e não apenas sobreviver”. Para ele, viver significava agir, servir e lutar. E essa luta o levou a desafiar diretamente as estruturas de opressão que se erguiam na Itália sob o comando de Benito Muss...