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DIGA-ME TEU NOME QUE DIREI QUEM TU ÉS, PAPA LEÃO XIV

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DIGA-ME TEU NOME QUE DIREI  QUEM  TU ÉS, PAPA LEÃO XIV! No Vaticano, os nomes dizem muito. E quando o novo Papa norte-americano subiu à sacada de São Pedro e se apresentou como Leão XIV, o mundo católico entendeu que não se tratava de uma escolha qualquer. Foi um gesto pensado, carregado de simbologia. Leão XIII, de quem herdou o nome, foi o pontífice da Rerum Novarum, o documento fundador da Doutrina Social da Igreja, que pela primeira vez legitimou a luta dos trabalhadores por direitos, sindicatos e dignidade. Com esse nome, o novo Papa envia uma mensagem clara: o compromisso da Igreja com a justiça social não é um adorno, mas um pilar essencial da fé cristã. Mais ainda: seu primeiro discurso, comedido e clássico, foi pontuado por três sinais eloquentes — gratidão a Papa Francisco, promessa de respeitar e continuar seu legado, e a reafirmação da Igreja como “casa para todos, especialmente os últimos”. Leão XIV pode sim ser considerado progressista. Mas não se trata de um rev...

A DIFICULDADE DA CLASSE MÉDIA PROGRESSISTA EM LER O SENTIMENTO POPULAR SOBRE SEGURANÇA PÚBLICA E AS CONSEQUÊNCIAS PARA 2026

Muitas vezes, nós da classe média progressista insistimos em acreditar que compreendemos o que o povo sente, porque raciocinamos com nossos referenciais, nossa bolha, nosso repertório cultural e político. Imaginamos que nossa sensibilidade social é a medida do sentimento popular e, com isso, cometemos equívocos sérios de leitura do Brasil real. O massacre do Rio de Janeiro escancarou esta crise de percepção. Enquanto a militância democrática e setores intelectuais reagiram com justa indignação moral e defesa incondicional dos direitos humanos, pesquisas de opinião demonstraram um sentimento mais complexo e, em grande parte, ambíguo no povo. Parte expressiva da população, especialmente nas periferias, vivencia o medo diário, a presença concreta da violência armada e um Estado historicamente ausente. Não raro, o desespero e a falta de alternativas geram apoio a ações violentas que prometem restabelecer ordem, mesmo que à custa de vidas inocentes. Não significa que o povo seja punitivista...

TARCÍSIO DE FREITAS, OS PEDÁGIOS FREE FLOW URBANOS E A PARCERIA HISTÓRICA COM A CCR

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A PRIMEIRA MARRETADA, TARCÍSIO JAMAIS ESQUECE! A Prefeitura de Guarulhos , na Grande São Paulo, resolveu fazer o que toda administração pública deveria fazer: defender os interesses do seu povo! Na política, todo gesto é simbólico — e carrega em si a intenção de confrontar uma posição com outra. É nessa perspectiva que vale analisar a iniciativa da Prefeitura de Guarulhos, que promete dar pano pra manga. 🪡 1️⃣ Primeiro ponto A proliferação de pedágios proposta por Tarcísio de Freitas será, sem sombra de dúvida, um dos temas centrais da disputa eleitoral no Estado de São Paulo no ano que vem. 2️⃣ Segundo ponto A Prefeitura de Guarulhos é governada por Lucas Sanches , do PL , partido que apoia o próprio Tarcísio no governo do Estado — e pelo qual sonha em ser candidato à Presidência da República. Pessoalmente, duvido. Tarcísio não é homem de grandes ideias sobre o Brasil. É alguém movido por conveniência e autopreservação. Por isso, jamais abrirá m...

VAMOS FALAR SOBRE SEGURANÇA PÚBLICA ?

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Vamos falar sobre violência e segurança pública? Por: Toninho Kalunga  Precisamos urgentemente estabelecer um ponto de inflexão no debate sobre Segurança Pública. Estamos correndo o risco real de nos desconectarmos da experiência concreta do povo das favelas, desse chão onde pulsa a vida ferida e resistente dos pobres que o Evangelho nos chama a servir. Refletir é necessário. Entretanto, mais que refletir, precisamos compreender o sentido profundo dessa ruptura perceptiva entre a sensibilidade da classe média progressista e a percepção popular das periferias sobre a mesma realidade. Quando 80% de um segmento social compartilha uma leitura comum sobre um tema, não se pode ignorar o que está sendo dito. O problema não está necessariamente na maioria, mas em quem se encontra deslocado da experiência coletiva. Evidente que nosso horizonte ético nasce do Evangelho e da Doutrina Social da Igreja. Sonhamos com uma sociedade de paz, onde os bens da terra sejam partilhados com justiça, e on...

ENTRE O EVANGELHO E A IDEOLOGIA

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O desafio de dialogar com o conservadorismo cristão, quando a fé é reduzida a bandeira eleitoral da política. Nos últimos anos, tornou-se evidente uma grave distorção no debate religioso brasileiro: muitos setores conservadores da Igreja católica, passaram a defender posições políticas, morais e sociais a partir de uma leitura ideológica e imediatista, esquecendo-se de que a fé cristã é, antes de tudo, mistério, encontro e compromisso com a vida. Pior ainda, se alinharam ao que tem de mais perverso, deturpador e antagônico à fé cristã do meio dos piores setores do neo pentecostalismo evangélico. Antes diziam que falavam em nome de Deus, agora, agem em nome de mitos e ideologias extremistas, buscando um passado de triste memória, onde pensar diferente, significava ter um terrível encontro a tortura e a morte, e numa terrível prática de busca pelo poder eleitoral onde se aliam com o que tem de pior no mundo da política. O que se observa em setores deste conservadorismo católico é um fenô...

A CONTÍNUA TENTATIVA DE GOLPE DE FUX CONTRA A DEMOCRACIA CONTINUA

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LUIZ FUX QUER MUDAR DE TURMA PARA FICAR PERTO DA TURMA DO FUNDÃO Por Toninho Kalunga Luiz Fux, Ministro do Supremo Tribunal Federal, parece não se conformar com o papel que a história já lhe reservou: o de alguém que, tendo recebido confiança de um governo democrático e popular, dedicou sua trajetória mais à autopreservação e ao privilégio do que à defesa da Constituição e do povo brasileiro. Escolhido por um governo do PT, Fux nunca representou os valores da Justiça social nem os anseios da classe trabalhadora. Representou, isso sim, o velho establishment do poder — aquele mesmo que se adapta conforme o vento sopra, mas que jamais abre mão dos privilégios de casta. Enquanto ocupava uma das cadeiras mais importantes da República, Fux cuidou antes de sua própria biografia e, sobretudo, de sua descendência. Ajudou a projetar a filha para o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, garantindo assim a perpetuação do “DNA supremo” nos corredores do poder judiciário fluminense — numa perversa l...

MOÇÃO DE APOIO DAS CEBS, AO PADRE JÚLIO LANCELLOTTI.

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MOÇÃO DE APOIO DAS CEB'S AO PADRE JÚLIO LANCELLOTTI NÓS, PARTICIPANTES DO 26º ENCONTRO INTERDIOCESANO DAS CEBs – DA REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO E BAIXADA SANTISTA VIMOS POR MEIO DESTE DOCUMENT DECLARAR https://www.change.org/ParemDeAtacarPadreJulio *_“O Espírito do Senhor está sobre mim, porque Ele me ungiu para anunciar a Boa Nova aos pobres...”_* (Lc 4,18)  *CONSIDERANDO QUE:*  * O Padre Júlio Lancellotti, pároco da Paróquia São Miguel Arcanjo e coordenador da Pastoral do Povo de Rua da Arquidiocese de São Paulo, tem sido sinal vivo do Evangelho de Jesus Cristo, na defesa incondicional da dignidade humana e dos direitos dos mais pobres e excluídos; * Que sua atuação pastoral, inspirada no Evangelho e na Doutrina Social da Igreja, se realiza nas ruas, sob os viadutos e nas periferias, junto aos descartados e feridos pela lógica do mercado e do abandono social, encarnando as palavras do Papa Francisco: “Prefiro uma Igreja acidentada, ferida e enlameada por ter saído pela...

SÃO PIER GIORGIO FRASSATI: A FÉ COMO RESISTÊNCIA: O SANTO QUE ENFRENTOU O FASCISMO

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VOCÊ CONHECE SÃO PIER GIORGIO FRASSATI ? Por: Toninho Kalunga* São Pier Giorgio Frassati: o Santo Antifascista e a proposta do Evangelho como Revolução da Caridade Um jovem que viveu o Evangelho com os pés no chão da história Poucos santos expressam com tanta clareza a inseparabilidade entre fé e compromisso social quanto São Pier Giorgio Frassati. Nascido em Turim, em 1901, no seio de uma família rica e influente, ele poderia ter seguido os caminhos da elite italiana de seu tempo. No entanto, escolheu o caminho oposto: o da solidariedade com os pobres, a luta pela justiça e a resistência ao fascismo. Pier Giorgio compreendia que o Evangelho não é um refúgio espiritual individualista, mas uma convocação à ação histórica. Seu lema era simples e profundo: _“Vivere, non vivacchiare”_ — “Viver, e não apenas sobreviver”. Para ele, viver significava agir, servir e lutar. E essa luta o levou a desafiar diretamente as estruturas de opressão que se erguiam na Itália sob o comando de Benito Muss...