A questão do Plano Nacional de Direitos Humanos e todo o debate que foi gerado em torno de sua publicação me deixaram profundamente preocupado. Na concepção, o PNDH3 e pouco diferente do PNDH1 e 2. O que mudou então ? No meu ponto de vista, três questões: o ano eleitoral, a hipocrisia da elite midiatica e a forma de divulgação do Plano, particularmente com as Igrejas Cristãs que sempre tiveram a primazia do debate sobre Direitos Humanos.
Hoje, tive a oportunidade de ir a Diocese de Itapeva e com a presença de Dom José, do Padre Severino, que aceitou minha proposta de poder dialogar com aquela Igreja Particular, da porção do povo católico das 22 cidades daquela diocese, termos um dialogo aberto, franco e profundamente alegre sobre o papel da Igreja Católica na construção dos Direitos Humanos na história recente do Brasil.
Tivemos a oportunidade de ver o quanto foi importante o papel profético da Igreja no mundo para dar uma resposta contra as ditaduras, sejam das ditaduras estúpidas das elites economicas, sejam da mentirosa proposta de governos que em nome de uma ideologia mata e maltrata seu próprio povo com a ditadura do ploretariado.
E fui lá pra Itapeva. Estávamos em mais ou menos 80 pessoas. Lideranças pastorais leigas, padres e seminaristas, onde estão implantando uma forma de preparar a comunidade para dialogar com Cristo Jesus na ação cotidiana de evangelizar. E falamos sobre Igreja e Direitos Humanos. Passeamos pela história, desde a revolução francesa, até os dias de hoje, das respostas que a Igreja Católica ofereceu para a humanidade, das perseguições que, tanto o clero quanto o povo, sofreram principalmente quando agiam em coerência com o Evangelho. Pude partilhar a experiência de vida que tenho tido, tanto no exercício do mandato, incluindo as fragilidades da caminhada, quanto a defesa absoluta dos direitos humanos como valor fundamental da defesa deste Evangelho de Jesus Cristo.
A base do debate sobre direitos humanos no mundo e particularmente no Brasil, estão fundamentadas na ação libertadora da Igreja dos Pobres, na opção preferencial por aqueles filhos e filhas, que marginalizados, estão a espera de um gesto concreto dos modernos bons samaritanos, que não apenas se compadecem e esquecem
da situação de miséria do povo, mas age!
Foi muito importante conhecer e estabelecer contato com tanta gente comprometida com o Evangelho. Que bonito ver o povo de Deus se preparando para dar prosseguimento à obra do Evangelho e da construção do Reino de Deus! Entrei nesta formação para colaborar e sai de lá profundamente comovido com o testemunho de compromisso deste povo tão bondoso e aberto ao constante milagre da conversão. Feliz da Igreja que tem como líder um homem tão firme na construção da Fé, como é Dom José Moreira!
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