terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

ENTREVISTA JORNAL DIÁRIO DA REGIÃO

Posted by toninhokalunga On terça-feira, fevereiro 24, 2015 Comentários

Um adendo a reportagem.Não falei com o presidente do PV! A jornalista achava que o Silvio Cabral e o Valter Wolf estavam com o controle da legenda. E quem controla é o prefeito Carlão!


Vereador em Cotia por dois mandatos e, em 2012, candidato do PT à prefeitura do município, Antônio Carlos de Melo Sá (PT), conhecido como Toninho Kalunga, é um dos militantes políticos da cidade mais críticos da atual administração. Nos últimos dias, fotos de reuniões em que participou ganhou as redes sociais, isto porque, Toninho esteve sentado ao lado de oposicionistas ao atual prefeito Antônio Carlos de Camargo (PSDB), o Carlão Camargo. Apesar dos encontro, Toninho nega que a oposição na cidade esteja organizada. “Acho que a cidade tem uma oposição disforme e absolutamente refém do modelo político que está vigente no país”, avalia. “Não acredito que haja articulação entre partidos porque os interesses são muitos particulares e pouco coletivos. Não consigo enxergar articulação verdadeira com intenção real de que as pessoas abram mão dos próprios egoísmos para somar em um projeto comum, e quem ganha com isso é administração ou indicados por ela”, completa.
Toninho vê duas opções para o partido nas eleições de 2016: lançar candidatura própria, desde que haja apoios de outras legendas, ou compor com o PTB, de Welington Formiga, ou com vereador e pré-candidato à prefeitura, Rogério Franco (PMDB). “Eu não faria [composição] com o Quinzinho Pedroso (PDT). Se o PT fizer, estou fora. Com o Rogério acho que o PT precisa pensar”, concluiu. Abaixo os principais trechos da entrevista.


Você participou de uma reunião com os presidentes do PTB e PV de Cotia. Há articulações entre os partidos da oposição à atual gestão?
Não acredito que haja articulação entre partidos porque os interesses são muitos particulares, e pouco coletivos. Não consigo enxergar articulação verdadeira com intenção real de que as pessoas abram mão dos próprios egoísmos para somar em um projeto comum, e quem ganha com isso é administração ou indicados por ela.

Como avalia a oposição?
Acho que a cidade tem uma oposição disforme, desorganizada e absolutamente refém do modelo político que está vigente no país. Por trás disto tudo, há uma questão chamada financiamento eleitoral. Enquanto o modelo de financiamento se der com base em acordos entre empresários e políticos, vamos continuar nesta situação. Ou seja, dentro do PT não há um diálogo verdadeiro sobre qual é a nossa posição política. Ouço dizer que o Giba [Gilberto Marcelina, presidente do PT Cotia], a despeito de qualquer discussão mais aprofundada, tenha pretensão de candidatura. Particularmente, acho que não temos condições políticas, materiais, financeiras para disputar uma campanha com este formato colocado na próxima eleição. Você é a primeira pessoa que ouve isto de mim. Estou com um posicionamento político onde vamos ter candidatura política própria, desde que aja condição política para que a gente possa dispor de um nome.
O seu nome seria uma opção?
O meu nome, por exemplo, seria. Tenho resultados de pesquisas que articulo na cidade que mostram que meu nome tem em torno de 12% das intenções de votos. Um pouco acima de mim o Quinzinho e o Rogério Franco. Então essa posição individual, evidentemente, dá condição política importante. Mas não sinto condição política para bancar uma candidatura da mesma forma como em 2012. Não tive apoio do Giba, do partido na região, com exceção do Emidio de Souza [presidente do PT estadual].
Está satisfeito com o PT? Pensa em outra legenda?
Estou bem no PT, sou coordenador estadual para formação política do PT, tenho posição de destaque e sou reconhecido pelo meu trabalho. Parece que, às vezes, se faz cumprir a palavra do evangelho: profeta não faz milagre dentro de sua própria terra. Acho que tenho mais força dentro do PT fora de Cotia, e as coisas que levam a isto é que me fazem refletir sobre qual é o papel do PT de Cotia nesta questão toda. Se olhar a última eleição, percebe o que aconteceu em Cotia, saímos com 26 candidatos a vereador e no final terminamos com seis, isto dá muita demonstração do empenho. O PT precisa fazer uma auto crítica no sentido de recuperar relação com a sua origem. Precisamos recuperar relação com a igreja Católica, sou católico e não sei mais o que falar para os padres sobre a relação que o PT deve ter, por exemplo, com os movimentos de moradia.

Diante deste cenário, a falta de apoio em 2012. Qual seria a solução: uma composição?
Tenho duas posições: primeiro, o ideal é termos candidatura própria, desde que venha acompanhada de uma composição com vários outros partidos, ai inclui o PTB e indivíduos. O PTB acho que é uma alternativa. O Welington Formiga [presidente do PTB de Cotia] tem feito sozinho em Cotia um trabalho que todo o PT junto não tem feito que é aglutinar candidatos a vereador para ter uma chapa de vereadores forte de verdade. Se o PT conseguir ter competência do seu diretório, através da presidência, de articular outro grupo e, junto com o Formiga, por exemplo, construir, vai ser bom. Se conseguirmos trazer alguns nomes que estão soltos por aí, o pessoal descontente na Granja Viana, o pessoal de Caucaia do Alto ligado ao grupo de emancipação, então, vamos gerar um grupo político, juntando quatro ou cinco partidos independentes que possam ter candidatura própria.

E qual é a outra posição?
É a da composição. Em 2008 articulei com o Mário Ribeiro [PSB] e dentro do PT quem era contra, virou vice. Temos dois caminhos: ou o PT lança candidatura própria desde que esteja amparado por setores da sociedade, além do PT, e ai precisa ampliar esta relação, ou o PT faz uma composição, por exemplo, com o Rogério Franco. Eu não faria com o Quinzinho. Se o PT fizer, estou fora. Com o Rogério acho que o PT precisa pensar.
Existe este apontamento dentro do partido?
Já houve diálogos. O Rogério já conversou com o Giba, com o Rodrigo Moraes que tem um grupo político importante dentro do PT, e já conversou comigo, mas nunca conversou com o conjunto do partido. O PT não vai fechar com o Rogério se não tiver composição política na administração, para ajudar o Rogério queremos fazer parte do processo político e temos que ter segurança de qual será o espaço do partido para poder contribuir com a mudança na administração. Tenho duas bandeiras, e já falei para o Rogério, se ele assumir a transparência absoluta na administração pública como ponto de plano de governo e assumir a questão da democratização da administração pública, ou seja, estabelecer relação de fato democrática com a população, ele ganha, em meu ponto de vista, um grande avanço para ter o meu apoio. Caso ele não assuma estas bandeiras, estou fora. A primeira opção é por candidatura própria.

0 comentários :

Postar um comentário

Mensagens ofensivas não serão publicadas. As da pequena oposição não serão sequer lidas! A confirmação da mensagem serve para identificar através do ID pessoas que se utilizam do anonimato para enviar mensagens ofensivas!