SÓCIO DA SP ALIMENTOS INFORMA QUE PAGAVA PROPINA DE 16% PARA O GOVERNO DE QUINZINHO PEDROSO! EM CARAPICUIBA OS TUCANOS DE LÁ COBRAVAM 10%

Puxa vida... até a propina que Quinzinho Pedroso cobrava era superfaturada!

Aline Lamas
(politica@webdiario.com.br)

Do jornal Diario da Região:
Depois de denunciar o ex-prefeito de Carapicuíba Fuad Chucre (PSDB), o empresário Genivaldo Marques Santos, pivô da chamada “máfia da merenda”, revelou ao Ministério Público Estadual que o ex-prefeito de Cotia Quinzinho Pedroso (PDT) também recebeu propina para contratar empresas de merenda escolar, segundo reportagem publicada ontem no jornal “O Estado de São Paulo”.

Santos já forneceu informações sobre diversas cidades aos promotores do MP, em troca da redução de pena (delação premiada). Entre elas, foi denunciado o suposto esquema de pagamento de propinas e doações ilegais para campanhas eleitorais nos municípios de Cotia e Carapicuíba.

Segundo depoimentos do empresário, a SP Alimentação, maior empresa do ramo no País, repassava a Quinzinho 16% do seu faturamento mensal. Os pagamentos eram feitos por dois funcionários do grupo, sempre de acordo com o valor das notas fiscais dos serviços prestados à prefeitura. Além disso, os valores da medição mensal eram inflados em até R$ 20 mil.

Já em Carapicuíba, Genivaldo afirmou que a propina era paga diretamente a Chucre pelo também empresário Eloizio Durães, dono da empresa SP Alimentação. Nesse caso, o valor da propina correspondia a 10% do contrato com a prefeitura da cidade.

Na região Oeste, a gestão do ex-prefeito de Jandira Paulo Henrique Barjud (PT), o Paulinho Bururu, também é investigada pelo MP por supostas irregularidades envolvendo o fornecimento de merenda escolar. O petista é suspeito de cobrar propina para contratar uma empresa que provia alimentos às escolas municipais.

Batalha

Com as denúncias, Quinzinho corre o risco de enfrentar mais um processo judicial. Recentemente, ele travou uma batalha na Justiça para assumir uma cadeira na Assembleia Legislativa de São Paulo. Eleito deputado estadual com 75 mil votos, o pedetista teve seu registro de candidatura indeferido pelo Tribunal Regional Eleitoral (TER-SP), em 2010, por falta de documentação. Ele não entregou dentro do prazo a certidão que comprova a idoneidade jurídica do candidato.

Marcado por diversas confusões, erros jurídicos e falhas na condução do processo, a situação do pedetista agravou-se quando ele perdeu um recurso apresentado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e teve o pedido de liminar negado.

Como consequência, ele não pôde assumir o cargo de deputado e, agora, aguarda o julgamento de alguns embargos de declaração pelo tribunal. Caso sejam negados, ainda cabe um recurso na última instância, o Supremo Tribunal Federal (STF).

A reportagem entrou em contato com a assessoria do ex-prefeito, mas não obteve resposta até o fechamento desta edição.